segunda-feira, 23 de julho de 2012

Comitê de enfretamento ao Crack
se reúne para planejar ações

Nonato de Souza
Ascom/SESP-AC
Em 23/07/2011

O Comitê de Enfrentamento ao Crack e Outras Droga se reuniu pela primeira vez nesta segunda-feira, para analisar as ações que vinham sendo definidas e desenvolvidas pela Comissão Estadual de Enfrentamento ao Crack formada por secretarias do Estado e do Município.
1ª Reunião do Comitê de Enfrenatamento ao Crack e outras drogas.

Na comissão ficou pactuado a necessidade de mudanças urgentes que substituísse o Hosmac como referencia de internação de usuários de drogas, Implantação de Centros de Atendimento Psico Social de Álcool e Drogas, CAPs. O comitê avaliou que muitas das demandas tiradas das reuniões da
Comissão, já estão contempladas.

No Hospital de Urgência e Emergência de Rio Branco – HUERB já dispõem de espaço com 18 leitos para atendimento de dependentes que necessitam de atendimento médico e pelo menos uma das Caps já estará atendendo 24 horas em 40 dias, quando deverá ser concluída a reforma da antiga DRE (Delegacia de Repressão a Entorpecentes) no conjunto Manoel Julião.

Com o pacto de adesão o Acre começa a se fortalecer com ações para aumentar a oferta de tratamento de saúde e atenção aos usuários de drogas, para enfrentar o tráfico e as organizações criminosas e para ampliar atividades de prevenção. Existe o comprometimento do Governo Federal em Investir no Acre R$ 13,3 milhões até 2014.

Para melhor entendimento: Composição química

O crack é obtido a partir da mistura da pasta-base de coca ou cocaína refinada (feita com folhas da planta Erythroxylum coca), com bicarbonato de sódio e água. Quando aquecido a mais de 100ºC, o composto passa por um processo de decantação, em que as substâncias líquidas e sólidas são separadas. O resfriamento da porção sólida gera a pedra de crack, que concentra os princípios ativos da cocaína.

Segundo o químico e perito criminal da Polícia Federal (PF) Adriano Maldaner o nome ‘crack’ vem do barulho que as pedras fazem ao serem queimadas durante o uso. “A diferença entre a cocaína em pó e o crack é apenas a forma de uso, mas o princípio ativo é o mesmo”, afirma Maldaner.

Por ser produzido de maneira clandestina e sem qualquer tipo de controle, há diferença no nível de pureza do crack, que também pode conter outros tipos de substâncias tóxicas - cal, cimento, querosene, ácido sulfúrico, acetona, amônia e soda cáustica são comuns. “A pureza vai depender do valor pago na matéria-prima pelo produtor. Se a cocaína for cara, é misturada com outras substâncias, para render mais. Se for de uma qualidade inferior, pouca coisa ou nada é adicionado”, diz Maldaner.

Forma de uso e ação no organismo
O crack geralmente é fumado com cachimbos improvisados, feitos de latas de alumínio e tubos de PVC (policloreto de vinila), que permitem a aspiração de grande quantidade de fumaça. A pedra, geralmente com menos de 1 grama, também pode ser quebrada em pequenos pedaços e misturada a cigarros de tabaco ou maconha – o chamado mesclado, pitico ou basuco. “Ao aquecer a pedra, ela se funde e vira gás, que depois de inalado é absorvido pelos alvéolos pulmonares e chega rapidamente à corrente sanguínea”, conta Maldaner. Enquanto a cocaína em pó leva cerca 15 minutos para chegar ao cérebro e fazer efeito depois de aspirada, a chegada do crack ao sistema nervoso central é quase imediata: de 8 a 15 segundos, em média. É por esta razão que o crack pode ocasionar dependência mais rapidamente.

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