Força-tarefa vai regularizar situação
de haitianos no Acre,
diz ministro
Grupo deve chegar ao estado na sexta, informou José Eduardo Cardozo.
Priscilla Mendes Do G1, em Brasília
foto Nonato de Souza/SESP/AC
O ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo, disse nesta
quarta-feira (10) que o governo enviará uma força-tarefa formada por
integrantes de diversos ministérios para regularizar e acompanhar a situação
dos haitianos que imigraram ilegalmente para o Brasil pela fronteira do Acre. O
grupo deverá chegar ao estado na sexta-feira (12).
A chegada descontrolada de imigrantes fez com que o
governador do Acre, Tião Viana (PT), decretasse na última terça-feira (9)
situação de emergência social nos municípios de Epitaciolândia e Brasiléia, na
fronteira do estado.
O Ministério da Justiça e o Ministério do Trabalho vão
coordenar o mutirão, que terá a tarefa de emitir vistos e carteiras de trabalho
aos haitianos, informou Cardozo.
“Hoje nós temos lá pessoas que estão numa situação
irregular. Não têm carteira de trabalho, não têm condições de sobrevivência.
Então, o Ministério da Justiça e o Ministério do Trabalho vão fazer um mutirão
para que nós consigamos emitir os protocolos que autorizem esses haitianos a
ter visto no Brasil e emitir carteira de trabalho”, afirmou.
O ministro disse que há empresas brasileiras interessadas em
empregar essa mão-de-obra e que o Brasil tem “tradição de receber imigrantes
reconhecendo seus direitos”. “Nós vivemos situação de pleno emprego e,
portanto, eles podem entrar no Brasil”, afirmou.
O Ministério do Trabalho fará a intermediação entre os
imigrantes e as empresas dispostas a empregar. Cardozo disse acreditar que, em
uma semana, “talvez um pouquinho mais”, a situação dos haitianos seja
regularizada.
Além dos ministérios do Trabalho e da Justiça, integrantes do
Desenvolvimento Social e da Saúde também darão apoio aos imigrantes, de acordo
com Cardozo, fazendo mapeamento epidemiológico e auxiliando o estado a
alimentar essas pessoas.
Coiotes
O ministro disse que o governo está estudando medidas para
coibir a atuação de coiotes, pessoas que recebem dinheiro para introduzir
ilegalmente imigrantes pela fronteira.
De acordo com Cardozo, a “melhor maneira” de inibir essa
atividade é ampliar a concessão de vistos e facilitar a imigração legal para o
Brasil.
“Nossa ideia é favorecer a entrada legal para que possamos
viabilizar medidas de enfrentamento aos coiotes, as organizações criminosas que
se valem da exploração dessas pessoas, da situação terrível pela qual o Haiti
passa”, afirmou.
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