terça-feira, 22 de novembro de 2011

Todos contra os "pirangueiros"

Taxistas e moto taxis; Cobradores e motoristas
de ônibus se unem contra os “pirangueiros”
Nonato de Souza
Ascom/SESP
Em 22/11/2011

Mototaxistas, taxistas, motoristas de transportes coletivos, cobradores de ônibus e cooperativas de taxi, se unem contra “pirangueiros” e fazem uma grande manifestação pública, com concentração no Pátio do Comando Geral da Polícia Militar, pedindo providencias. Enérgicas e urgentes.
“Pirangueiros” é termo pejorativo usado para distinguir os profissionais regulamentados (taxistas e mototaxistas) dos que atual na mesma profissão na clandestinidade.
Cerca de 400 profissionais participaram da manifestação. Uma comissão de representantes das várias categorias foi recebida por assessores do Governo e da Prefeitura, secretário de segurança pública, secretário de Polícia Civil comandante e subcomandante da Polícia militar. Diretores do DETRAN e RBTRANS e um representante da Defensoria pública. 
O movimento foi pacífico e dentro da maior normalidade não sendo registrado nenhum ato de hostilidade entre as partes. 
Para o comandante da Polícia Militar Cel-PM José Anastácio dos Reis, o encontro foi histórico. “Nunca houve uma manifestação em que todas as categorias estivessem de um mesmo lado”.
Falando em nome da comissão de trabalhadores o representante da Central Única dos Trabalhadores (CUT- Região Norte), Manoel Lima, disse que os trabalhadores estão sendo ameaçado pelos “Pirangueiros” que lhe tomam passageiros de forma acintosa nos pontos de parada.
O sindicato dos transportes coletivos explanou a preocupação da sua categoria com a evasão de passageiros, a queda no faturamento das empresas e a conseqüente demissão de trabalhadores.
Os mototaxistas reclamam que pagam impostos e cumprem todas as exigências legais e não podem trabalhar pela ação dos ilegais. Lembrou que a aquisição da moto, mudança de cores de moto e capacete, licenciamento, mudança de colete e a concorrência desleal feita pelos “pirangueiros” estão inviabilizando a profissão.
Taxistas reclamam que os passageiros sumiram.  O faturamento despencou e as prestações dos veículos estão atrasadas. A ausência de passageiros é confirmada pelo representante das cooperativas de taxistas. “Em 2010 o numero de chamadas para a rádio taxis foi 45 mil. Em 2011 apenas 32 mil chamadas”.
O que os profissionais reivindicam
Descentralizar a fiscalização das regionais. Argumentam que os policiais deixam a fiscalização contra “pirangueiros em terceiro plano” e demonstram muita falta de vontade em combater a ação dos ilegais e fazem uma denuncia grave. “Entre os “pirangueiros” estão integrantes das polícias militar e civil”.
Querem a criação de uma “força tarefa” especifica para fiscalizar a ação dos ilegais.  Dos diversos oradores ficou claro que as regiões de periferias são as preferidas pelos “pirangueiros”. Citam como exemplo, as localidades Vila Acre, Bairro Corrente, Placas e Tancredo Neves.
O comandante da PM José Anastácio se comprometeu criar um grupo específico – como sugerem os manifestantes – para atuar especificamente contra a ação dos mototaxis e taxistas que trabalham ilegalmente.
E mais. Até sexta-feira esse grupo - escolhido entre os que demonstram amor a causa - de cada batalhão, já estarão em ação. 
Lembrou que existe muita resistência e dificuldade a serem superadas. Por fim convocou a categoria para trabalhar em parceria com as polícias. Não apenas contra os “pirangueiros” mais informando de outras situações em que a polícia possa ser acionada e evitar problemas de maior gravidade.
Os profissionais saírem da reunião otimistas e já se articulando para formar uma comissão que a cada fim de semana, se reunirá com a comissão de fiscalização, “para realinhar estratégicas que retiram das ruas os concorrentes ilegais”.

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