quarta-feira, 9 de novembro de 2011

Polícia esclarece morte de colono

Assassinos e mandante já estão na cadeia
 
Trabalhador foi executado com tiros de espingarda eteve o corpo queimado a mando de fazendeiro; quatro envolvidos estão presos  
 

Uma ação conjuntadas polícias Civil e Militar de Sena Madureira, a 144 quilômetros de RioBranco, culminou na prisão do fazendeiro Dauro Parreiras Rezende, JocicleiGomes Mota (dono da Fazenda Santa Luzia) Uarno Silva de Souza e Donizete Carvalhoda Silva, os dois últimos supostos jagunços de Dauro. O trio é acusado depistolagem e de aterrorizar famílias numa área localizada no km 25 do Ramal Cassiarian,zona rural de Sena.

As prisõesocorreram no final da manhã desta quarta-feira (9), por determinação da juízade direito Zenice Mota Cardozo, que acatou a representação por prisãopreventiva ingressada em desfavor dos acusados pelo delegado da Polícia Civil, AntonioAlceste Callil, que investiga a morte do colono, conhecido na região por João Evangelistade Souza, que seria natural do Estado de São Paulo.

O suposto João foimorto com dois tiros de espingarda, disparados por Uarno e Donizete, que teriamsido contratados por Dauro Rezende, que reivindicava uma área de terra onderesidia a vítima e seria o mandante e mentor intelectual do crime, segundo ainvestigação. Os jagunços, no ajuizamento da polícia, para terem a garantia demorte queimaram a casa do trabalhador e incendiaram seu corpo com combustível,dentro de uma pequena vala.

Quatro dias apóstomar conhecimento dos fatos a polícia de Sena Madureira, elucidou o crime emandou para cadeia três envolvidos no homicídio. Na tarde desta quarta-feirapoliciais civil e militares sob o comando do delegado Antonio Alceste Callilvasculhavam região do Cassiarian, na tentativa de prender outros doisenvolvidos no assassinato.

Na terça-feira(8) o secretário da Polícia Civil, Emylson Farias, esteve na cidade de SenaMadureira para acompanhar in loco, as ações da PC, relacionadas à morte de JoãoEvangelista. “A Polícia Civil entende que a paz foi ruída na comunidade do Cassiariane não vai cessar enquanto não prender todos os envolvidos neste ato de covardiaextrema”, esclareceu o chefe de polícia, ressaltando que será usada toda aforça necessária para restabelecer a ordem pública, conforme disciplina a Lei.   

O CRIME – Asinvestigações apontam que na quinta-feira (4), por volta das 10h, Uarno eDonizete saíram da sede da fazenda de Dauro Rezende armados com espingardas embusca de João Evangelista, que foi rendido levado para um local deserto onde o foiexecutado a tiros de espingarda, sendo um deles a queima roupa. A afirmação éde Donizete, prestada durante interrogatório.

Ainda segundoDonizete, após o crime, a dupla voltou à sede da fazenda e contou o ocorridoaos demais empregados de Dauro, que trataram de comunicar ao fazendeiro doassassinato. Este determinou que os jagunços retornassem à cidade, inclusive ordenandoque seu filho, de nome Fernando, fosse até a localidade buscá-los.

Ainda de acordocom as investigações, no sábado Dauro teria mandado seus jagunços ocultar o cadáverdo agricultor, porém o serviço não chegou a ser concluído em sua totalidade porcausa da chegada da polícia na região. O corpo foi localizado parcialmentecarbonizado nas imediações de um córrego.

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