Secretário destaca
parcerias com o MP
para combater e prevenir a criminalidade
Reni fala dos benefícios das percerias entre a SESP e o Ministério Público Estadual
“Se o Estado se junta, é forte. Já as ações isoladas são fracas”. A
frase é do secretário de Segurança Pública do Acre, Ildor Renir Graebner, ao
destacar a importância das parcerias entre as instituições para combater e
prevenir a criminalidade. O secretário citou como exemplo as recentes ações
conjuntas desenvolvidas com o Ministério Público do Estado do Acre (MP/AC), por
intermédio da Coordenadoria Criminal (Cordcrim). “Os resultados foram os
melhores possíveis”, define.
Entre as ações,
destaca-se a Operação Álcool Zero, que, em doze meses, reduziu o número de
acidentes com vítimas fatais. Servidores do MP/AC passaram a integrar e
reforçar o trabalho do Departamento Estadual de Trânsito (Detran) e da Polícia
Militar nas blitzen que são realizadas nos finais de semana.
A fiscalização
começa à noite e só termina de manhã e tem como objetivo evitar que motoristas
dirijam sob efeito de álcool. “No início as pessoas reclamavam, eram
resistentes. Aos poucos, foram compreendendo que a medida era necessária porque
estava salvando vidas”, lembra Renir.
Ao falar de outro
trabalho executado em parceria com a Coordenadoria Criminal, o secretário
destaca as medidas adotadas para evitar que guardadores de carros, os chamados
‘flanelinhas’, excedam os limites com práticas criminosas. A atitude extorsiva
de alguns deles provocou uma série de denúncias que chegaram ao conhecimento
das autoridades.
De acordo com a
legislação federal, só pode exercer a atividade quem estiver registrado no
Ministério do Trabalho, não possuir antecedente criminal e se submeter a um curso
de capacitação profissional. O problema é que, na capital, qualquer pessoa
poderia exercer essa atividade, sem qualquer controle.
A solução foi
providenciar um cadastro com informações sobre essas pessoas e identificá-las
por crachá ou colete. Assim, caso venha a ocorrer algum problema com o
motorista ou com o carro dele, seria mais fácil identificar e punir o
flanelinha. “Nós definimos o que vai ser feito, mas é o Ministério Público que
fiscaliza para garantir que as medidas sejam cumpridas”, avalia.
Para Renir Graebner,
outro exemplo de parceria que deu certo foi a que permitiu conter a onda de
violência que abateu o município de Sena Madureira, onde foi registrada uma
série de crimes, como homicídios e assaltos, sempre praticados por grupos
formados por jovens, alguns com menos de 18 anos, envolvidos com o tráfico de
drogas.
O Plano
de Segurança traçado permitiu o envio de homens do Batalhão de Operações
Especiais (BOPE), tropas federais, além de um delegado, um promotor de Justiça
e um juiz ao município. “O Ministério Público e o Judiciário foram importantes
para que nós conseguíssemos controlar aquela situação, porque foram necessárias
ações mais enérgicas. O que existiam eram tráfico de droga e formação de
gangues. Com esse trabalho, foi possível reestabelecer a sensação de
segurança”, diz.
MP também é parceiro
no combate ao crack e outras drogas
Em junho desse ano,
o Acre assinou adesão ao programa
do governo federal ‘Crack, é possível vencer’. O pacto entre as três esferas de
governo tem o objetivo de aumentar a oferta de tratamento de saúde e atenção
aos usuários de drogas, enfrentar o tráfico e as organizações criminosas e
ampliar atividades de prevenção.
Lançado em dezembro
do ano passado, o programa ‘Crack, é possível vencer’ prevê” R$ 4 bilhões em
recursos federais até 2014 e conta com ações dos Ministérios da Justiça, da
Saúde, do Desenvolvimento Social e Combate à Fome e da Educação,
além da Casa Civil e da Secretaria de Direitos Humanos da Presidência da
República (SDH).
O MP integra o
comitê que executa o programa, coordenado pela Secretaria de Segurança. Além
disso, tomou a iniciativa de criar um fluxo de atendimento, o que vai permitir
ao usuário ser tratado como dependente, e não como criminoso.
A Coordenadoria
Criminal, que tem como coordenador o procurador de Justiça Oswaldo
D’Albuquerque, também decidiu implantar o projeto Justiça Terapêutica para
ajudar na recuperação de dependentes químicos.
“O Ministério
Público do Acre está muito integrado nessa rede de atendimento que está sendo
criada. Essa parceria é importante porque, entre outros pontos, vai nos ajudar
a fiscalizar os recursos que estão sendo enviados ao estado para serem
transferidos para as casas terapêuticas”, finaliza o secretário.
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