Brasil
e Bolívia querem desenvolvimento
sócio econômico de suas fronteiras
Nonato de Souza
Ascom /SESP
Auditório da Universidade Amazônica de Pando recebeu um grande público na reunião de integração fronteiriça
Major Almir (em destaque da direita para a esquerda) representou a Secretaria de Segurança na reunião Fronteiriça
A cidade de Cobija - Departamento do Pando (Bolívia) está
sediando a 1ª Reunião do Comitê de Integração Fronteiriça, formada por autoridades
de Brasiléia, Epitaciolândia e Cobija. O encontro, com duração de dois dias,
conta a intermediação do Ministério das Relações Exteriores e a embaixada do
Brasil na Bolívia, sob a coordenação do embaixador Marcel Biato.
O encontro acontece no auditório da Universidade Amazônica de
Pando e traz a proposta de discutir os principais assuntos relacionados ao
desenvolvimento fronteiriços, envolvendo setores da economia, meio ambiente,
cultura, transportes e segurança pública.
Nesta reunião será
criado um esboço de um projeto de desenvolvimento econômico e social tendo como
foco no bem estar dos cidadãos e, numa perspectiva macro, aproveitar o nicho
das oportunidades com exportações para o continente asiático através da Estrada
do Pacifico, sem tirar a visão nos problemas que vem na carona do progresso,
como o contrabando, trafico de pessoas, prostituição infantil e outras
criminalidades.
A comissão brasileira formada por 32 pessoas é chefiada pelo Embaixador
do Brasil na Bolívia, Marcel Furtuna Biato. O Brasil se fez presente com
representantes do Itamaraty, Ministério das Relações Exteriores, Embaixada Brasileira
na Bolívia, Departamento Nacional de Infra Estrutura e Transportes (DENIT),
Agência Nacional de Vigilância Sanitária (ANVISA), Ministério do
Desenvolvimento, Polícia Rodoviária Federal, Polícia Federal, Polícia Militar,
Secretaria de Segurança Pública, Gabinete Civil, Secretaria de Assistência
social, Instituto de Administração Penitenciária, IAPEN, Secretaria de Comunicação
(SECOM), Secretaria de Apoio Institucional, autoridades dos municípios de
Brasiléia e Epitaciolândia.
A comissão boliviana é comandada pela Diretora Geral de Ralacions Bilaterais do
Ministério das Relações Exteriores no Estado Plurinacional de Bolívia,
Guadalupe Palomeque.
Problemas fronteiriços divididos em eixos temáticos
Segurança Pública e Migrações
A) Temas Migratórios: Estudo, residência
e trabalho, visão de objetos determinados e outros.
B) Tráfico de pessoas
C) Segurança Pública
D) Luta contra narcotráficos e delitos
conexos
E) Contrabando de combustíveis e outros
recursos naturais
·
Temas aduaneiros e comercio
a)
Controles Integrados de Fronteira
b)
Problemática
com os tramites legais na fronteira
c)
Intercâmbio
de Informação sobre trânsito aduaneiro
d)
(D)
Luta contra o contrabando e coordenação e mecanismos
e)
Tráfico
vacinal e comercial fonteiricio
f) Controle sanitário
·
Infraestrutura e Transporte
A) Transporte e Infraestrutura
B) Operadores de Transportes Turísticos
C) Cooperação para efeito de inovação do
Rio Acre
·
Cooperação Produtiva Agropecuária e
Meio Ambiente
a) Cooperação para a criação de alevinos
b) Cooperação para a produção de porcos
c) Cooperação para a produção de látex
d) Gestão de Financiamento para desenvolvimento
·
Educação
Cultura e Turismo
a) Intercâmbio Cultural e bolsa de
estudo para outros países
b) Ensino de espanhol e português em
ambos os lados da fronteira
c) Capacidade de recepção direta de
cooperação em área educativa, cultural e Turística.
d) Casas de intercultural idade
e) Intercâmbio cultural entre entidades
da área...
·
Saúde e Desportos
a) Controle cardíaco
b) Estudo de resistência
c) Cooperação de medicamento
antinflamatório
d) Reciprocidade no trato com os
enfermos nos hospitais de fronteira e muitos outros assuntos.
Governo Boliviano
reconhece ajuda do Acre
O embaixador Marcel Fortune Biato e o Governdor de Cobija Luiz Adolfo Flores Roberts
Flores disse que Brasil e Bolívia têm muitos interesses em
comum. “O Brasil tem uma indústria” forte e muitos produtos de importações de
interessam a Bolívia e por outro lado, a Bolívia tem um grande potencial
turístico e recursos naturais que podem ser explorados de forma sustentável,
mas que sirva para aquecer a economia e garantir melhor qualidade de vida a seu
povo.
Embaixador Marcel Biato
fala dos agricultores que estão na Bolíva.
O Embaixador do Brasil na Bolívia Marcel Furtuna Biato
demonstrou preocupação com a situação de centenas de brasileiros que ainda
estão vivendo irregularmente na Bolívia.
Disse que os números da Organização Internacional de
Imigração (OIM) contratada pelo Governo Brasileiro, para um levantamento da
situação de todos os brasileiros que estão na Bolívia não “batem” com os
números do Incra, entre os assentados e os que ainda serão assentados.
Desculpou-se pelo não comparecimento do governador do Acre,
Tião Viana, impossibilitado devido outros compromissos de agenda não menos
importantes.
Quis saber da situação dos emigrantes aitianos e deixou nas
entrelinhas que gostaria de ver mais empenho dos nossos irmãos fronteiriços, no
cumprimentos dos acordos assinados com o Brasil.
Demonstrou interesse em saber quais os benefícios que
poderiam trazer ao Brasil, a construção de uma ponte sobre o igarapé Rapirrãn, na fronteira do Município de Plácido de Castro
Marcel Biato falou do seu contentamento com o que chama de
vontade política dos bolivianos em avançar no combate aos problemas que continuam
existindo entre as duas nações
Os trabalhos de abertura da reunião do Comitê de integração
se desenvolveu com formação de grupos para discutirem áreas afins e amanhã, todas as propostas já estarão devidamente
mensuradas e prontas para análise do governos
de Brasil e Bolivia.
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