com o mundo por sinais de satélite
Nonato de Souza
Ascom/sesp
Em 27/02/2012
A distância e a localização geográfica de alguns municípios acreanos, dificultam as comunicações com a capital e deixam essas comunidades excluídas da globalização através de sinais de satélites, sem internet e telefones. Setores essenciais como segurança pública, educação e saúde são os mais prejudicados.
Uma ação de Governo, marcada pelo empenho pessoal do governador Tião Viana, permitiu o fim do isolamento de municípios no Estado do Acre, ainda não contemplados com internet através do projeto “Floresta Digital”.
Um planejamento estratégico da Segurança Pública do Estado, com olhar voltado para o setor de informação e inteligência, marca o fim de um “apagão digital” e inicia a inclusão de municípios como Porto Walter, Jordão e Marechal Thaumaturgo e Santa Rosa do Purus, Brasiléia, Assis Brasil, Sena Madureira, Manuel Urbano e Cruzeiro do Sul, no mesmo nível de tecnologia e informações existentes na capital e no País.
A Divisão de Inteligência da Secretaria de Segurança Pública – SESP - conseguiu trazer para o Acre, 33 antenas parabólicas modelo VSAT, de um total 1.033 adquiridas pelo Sistema de Proteção da Amazônia (Sipam).
Alem da infinidade de benefícios que os equipamentos trarão para essas regiões isoladas, permitirá ganhos incalculáveis para a Segurança Pública. Entre os principais benefícios, está o acesso e a utilização do “Sistema Integrado de Gestões Operacional” – S. I. G. O”.
Com o S.I.G.O, as informações da Segurança Pública são compartilhadas com Ministério Público e Judiciário. Através das novas tecnologias e ferramentas de pesquisas disponíveis na área de segurança será possível saber se o suspeito deve algo a justiça.
PARA MELHOR ENTENDER
A GRANDIOSIDADE DO PROJETO
O Sistema de Proteção da Amazônia (Sipam), vinculado à Casa Civil da Presidência da República, confirmou em janeiro deste ano a compra de um novo sistema de comunicação por satélite, composto por 1.033 terminais VSAT (Very Small Aperture Terminal) e duas HUB’s (equipamentos centralizadores da rede/estação máster).
O investimento de R$ 9 milhões ajudará a revitalizar todo o parque de comunicação do órgão, que atende centenas de localidades remotas e isoladas da Amazônia Legal brasileira. Cada HUB custou R$ 2,5 milhões e os terminais VSAT foram comprados por valores que variam entre R$ 4 mil e R$ 12 mil reais.
A VSAT permite que localidades remotas e isoladas tenham acesso à internet, telefone e fax por satélite. O terminal é composto por equipamentos internos (IDU – Indoor Unit) e externos (antena parabólica; ODU – Outdoor Unit; e LNB – Low Noise Block). Os equipamentos recém adquiridos oferecerão aos usuários (órgãos parceiros do Sipam) um serviço de comunicação baseado numa das tecnologias mais modernas disponível no mercado, pelo menos duas vezes mais rápido do que o oferecido atualmente. A principal mudança que será sentida será na velocidade de envio de arquivos de dados (upload), que poderá chegar a 1 megabit por segundo (Mb/s).
Boletins climáticos
Os novos equipamentos devem ser entregues ao Sipam ainda no primeiro semestre de 2010. Assim que as equipes estiverem treinadas, a partir de julho, devem iniciar as missões de campo para substituir os atuais terminais. A conclusão do processo de instalação pode levar até dois anos, pois a maior parte das antenas está em regiões de difícil acesso.
Entre as instituições que serão beneficiadas pela modernização do parque de telecomunicações do Sipam estão as Forças Armadas, Polícia Federal (PF), Funai, Funasa, Embrapa, Poder Judiciário, prefeituras municipais e vários órgãos vinculados aos governos estaduais e aos ministérios do Meio Ambiente, da Justiça e do Desenvolvimento e Reforma Agrária.
Cunha explica que a modernização do sistema de comunicação melhorará telemetria (mensuração e envio de informações) dos sensores (radares meteorológicos, detectores de raios e estações de superfície) aumentando ainda mais a qualidade dos boletins climáticos e das previsões do tempo repassadas à imprensa, Defesa Civil, instituições de ensino e pesquisa e à sociedade em geral. Além disso, oferecerá maior segurança às comunidades que vivem isoladas, às tribos indígenas, aos postos de fronteira (Receita Federal, Exército, Polícia Rodoviária Federal, PF, entre outros) e demais representações do Estado brasileiro.
Os 560 terminais que estão em uso foram adquiridos na década de 1990 e instalados a partir de 2002. O tempo de vida útil de boa parte do equipamento está próximo ao limite de utilização. Além do mais, com a evolução da tecnologia e o surgimento de novas necessidades a material esta se tornando obsoleto.