Helicóptero João Donato completa dois anos de operação |
Viviane Teixeira |
30-Ago-2011 |
Com a meta de diminuir o isolamento das comunidades mais distantes da capital acreana e de proporcionar apoio operacional às ações na área de segurança pública e de meio ambiente, além de atuar na promoção de cidadania, o helicóptero Harpia 01, conhecido como Comandante João Donato, completa dois anos de operação. São mil horas de voo e resultados positivos que comprovam a eficácia e eficiência do Centro de Operações Aéreas do Acre (Ciopaer/AC).
A aeronave tipo AS350 é equipada com modernos sistemas de navegação, rádio multifrequência, mapas eletrônicos e computador de bordo, o que garante a execução de vários tipos de serviços. Já foram realizadas mais de 50 operações conjuntas e mais de 40 ações de salvamentos em diversas comunidades isoladas ou de difícil acesso.
Com uma equipe de 21 homens, todos treinados pela Força Aérea Nacional, a tripulação conta com dois comandantes, quatro pilotos formados e três em formação, e também dois mecânicos estão sendo treinados para compor a equipe. “Se me perguntarem quem da tripulação é o mais importante? Vou responder que não tem, porque todos são essenciais para as operações, é realmente um trabalho de equipe”, destacou o comandante Carlos Augusto da Silva Negreiros.
Do alto do helicóptero, é possível avistar cada rua e suas residências com precisão. E com uma velocidade que pode atingir até 246 km/h, pode-se chegar de uma ponta à outra de Rio Branco em questão de minutos. Além disso, a velocidade do equipamento permite que os deslocamentos dentro do Estado também sejam feitos em pouco tempo.
O Ciopaer possui um contato direto com o Centro Integrado de Operações de Segurança Pública (Ciosp), para acionar o patrulhamento ou ajudar em ocorrências. E também mantém comunicação com a Secretaria de Saúde e demais órgãos de governo. “O helicóptero é uma ferramenta incrível, capaz de proporcionar a cobertura de áreas de difícil acesso de forma espetacular”, completa o piloto Cleyton de Oliveira Almeida.
Uso do helicóptero garante o salvamento de vidas no Acre
Três horas após o acidente, as vítimas mais graves - os biólogos Filogônio Ribeiro e Giuliana Santi - já estavam sendo atendidas na UTI do Hospital Geral das Clínicas de Rio Branco (Foto: Sérgio Vale/Secom)
No dia 14 de setembro de 2009, um capotamento de carro na BR-364 havia deixado três pessoas feridas, entre elas uma em estado grave. Nesse período, os tripulantes do Ciopaer estavam em treinamento e fazia parte do processo a realização de uma ação simulada de resgate de vítimas de acidentes. A aula prática já tinha data e local para acontecer, mas a fatalidade fez com que a operação fosse realizada com pacientes reais.
Esse foi o cenário do primeiro salvamento realizado com o apoio do Helicóptero João Donato. Duas pessoas foram imediatamente deslocadas das proximidades de Manoel Urbano para Rio Branco. Três horas após o acidente, as vítimas mais graves - os biólogos Filogônio Ribeiro e Giuliana Santi - já estavam sendo atendidas na UTI do Hospital Geral das Clínicas de Rio Branco.
Esse foi o cenário do primeiro salvamento realizado com o apoio do Helicóptero João Donato. Duas pessoas foram imediatamente deslocadas das proximidades de Manoel Urbano para Rio Branco. Três horas após o acidente, as vítimas mais graves - os biólogos Filogônio Ribeiro e Giuliana Santi - já estavam sendo atendidas na UTI do Hospital Geral das Clínicas de Rio Branco.
“Agradeço a Deus por ter colocado em meu caminho o major Josiley Gonçalves e o capitão Vieira Lins, o major Albuquerque e o capitão Negreiros, o secretário de saúde Oswaldo Leal, a enfermeira Eneida e demais plantonistas do Pronto Socorro”, disse Santi.
Meses depois parte da tripulação foi recebida pela vítima e por seus familiares. O reencontro da bióloga com a equipe foi marcado por fortes emoções. “Todos os dias da minha vida rezarei por vocês. Não consigo deixar de me emocionar todas as vezes que ouço o barulho do motor do helicóptero”, disse ela aos pilotos.
Assim como a bióloga, dezenas de outras famílias podem comemorar o fato de terem suas vidas salvas pela rapidez no atendimento médico proporcionado pelo transporte de helicóptero. Outro salvamento que marcou a tripulação foi realizado em maio de 2010. O chamado partiu de Santa Rosa, quando a gestante Marlenira da Silva Nascimento teve complicações durante o parto. O salvamento foi crucial para o nascimento de Mayara, já que, segundo a equipe da Maternidade Bárbara Heliodora, a parturiente não teria resistido à viagem de quatro dias de barco até Sena Madureira.
Meses depois parte da tripulação foi recebida pela vítima e por seus familiares. O reencontro da bióloga com a equipe foi marcado por fortes emoções. “Todos os dias da minha vida rezarei por vocês. Não consigo deixar de me emocionar todas as vezes que ouço o barulho do motor do helicóptero”, disse ela aos pilotos.
Assim como a bióloga, dezenas de outras famílias podem comemorar o fato de terem suas vidas salvas pela rapidez no atendimento médico proporcionado pelo transporte de helicóptero. Outro salvamento que marcou a tripulação foi realizado em maio de 2010. O chamado partiu de Santa Rosa, quando a gestante Marlenira da Silva Nascimento teve complicações durante o parto. O salvamento foi crucial para o nascimento de Mayara, já que, segundo a equipe da Maternidade Bárbara Heliodora, a parturiente não teria resistido à viagem de quatro dias de barco até Sena Madureira.
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