Governo reforça segurança
pública em todo o Estado
Samuel
Bryan
A
segurança pública é dever do Estado e direito e responsabilidade de todos, que
deve ser exercida para a preservação da ordem, da isenção de perigo para as
pessoas e seu patrimônio, tudo por meio das polícias e das políticas de
segurança pública. Cumprindo o seu papel, o governo do Estado do Acre está
reforçando ainda mais suas ações, com novas medidas e fortalecimento das
operações, para dar uma sensação de segurança maior aos acreanos.
Desde
sexta-feira passada, 22, a Polícia Militar do Acre colocou em ação a Operação
Start, que complementa ações dos batalhões no dia a dia e dá enfoque à luta
para reduzir os crimes contra o patrimônio. São 26 policiais em motocicletas,
que circulam constantemente em todos os bairros de Rio Branco, com enfoque nos
que têm maior índice de furtos registrados, além das 32 operações já existentes
na PM, como “Álcool Zero” e “Boêmia”.
Segundo
o comandante da Polícia Militar do Acre (PMAC), coronel Anastácio, além dessa ação imediata, a PM está provendo
reforço nos bairros Calafate, Taquari, Santo Afonso, Rosalinda e Belo Jardim. O
Calafate também ganhou uma base móvel com três policiais por turno, que dão uma
resposta mais ágil à população e mantém uma ronda de segurança.
Interior
do Estado
A
Polícia Militar também está enfatizando ações para conter a criminalidade no
interior do Estado. Em Feijó, normalmente um município bastante tranquilo, os
vereadores estiveram, mês passado, na sede da Polícia Militar pedindo maior
presença nas ações. Assim, em conjunto com o corpo policial de Tarauacá,
intensificam as operações de policiamento nos finais de semana.
Já
na cidade de Sena Madureira, onde ocorreu uma preocupante onda de violência no
ano passado, as ações tomadas pela Polícia Militar e pela Secretaria de
Segurança Pública já refletiram numa mudança de ordem na cidade. “Ainda temos
apreensão diária de drogas e armas. Já foram apreendidas mais de 20 armas só
este ano. Mas, em todo o ano passado, foram apreendidas quase cem armas desde
que as operações se intensificaram”, conta o coronel Anastácio.
Em
Tarauacá foi montada uma base móvel no bairro da Pista. Com isso, os registros
de ocorrência diminuíram consideravelmente e nenhuma morte foi registrada no
ano até agora. Também está sendo realizado um policiamento ostensivo na região
da Vila Verde, na Transacreana, intensificando o patrulhamento entre o Terceiro
Batalhão e o Batalhão de Policiamento Ambiental, ao longo da estrada e em seus
ramais.
Novos
investimentos
A
segurança pública do Estado está recebendo do Ministério da Justiça um
investimento de R$ 48 milhões. Os recursos vêm do programa Estratégia Nacional
de Segurança nas Fronteiras (Enafron) e vai resultar na compra de equipamentos,
armamento e veículos terrestres e aquáticos para o policiamento em sete
municípios de fronteira.
O secretário de Segurança Pública, Ildor Reni
Graebner, afirma que “o Acre se comprometeu em realizar mais operações em
conjunto na região de fronteira. Esse é um trabalho que irá refletir em todo o
Brasil, pois também irá combater o tráfico de drogas e mercadorias ilegais”.
Também
serão investidos R$ 11 milhões em rádio e telecomunicações. Entre as ações,
serão instaladas 30 câmeras de monitoramento na capital. A licitação já foi
concluída e a instalação deve ser feita em 30 dias. As câmeras ficarão em
pontos estratégicos da cidade e ajudarão a monitorar as atividades que
acontecem nos pontos mais movimentados.
Para
o programa de combate ao crack, o investimento, proveniente do governo federal,
será de R$ 1,8 milhão. A Secretaria se prepara para instalar 20 câmeras de
monitoramento nos bairros Preventório e Papouco, na capital, que são
considerados os de maior ocorrência da droga. Além disso, haverá uma base de
apoio social e saúde que, embora conte com PMs, vai realizar um trabalho apenas
de repreensão, pois “o usuário de drogas não é um criminoso, é uma pessoa em situação
de vulnerabilidade”, explica o secretário Reni.
Como
denunciar
Em
2012, o Centro Integrado de Operações em Segurança Pública (Ciosp) registrou
mais de 586 mil ligações ao atendimento de emergência pelo 190 e o Corpo de
Bombeiros, mais de 13 mil através do 193. Desse total, 88 mil foram atendidas
imediatamente pela Polícia Militar e nove mil pelos Bombeiros.
O
delegado Henrique Ferreira explica que nem todos atendimentos correspondem a
pedidos de ajuda policial: “Às vezes tem gente que só liga pro 190 pra saber
qual a farmácia 24h aberta, por exemplo”, conta. Outro problema são os trotes e
outros usos indevidos, que foram contabilizados em 121 mil ano passado, ou
cerca de 18% do total. Existem campanhas intensas para diminuir o número de
trotes, que já chegaram a ser 26% do total.
O
disque-denúncia também está recebendo uma inovação. Agora é possível fazer
denúncias em todo o Acre por meio dos telefones 181 e 197, 24 horas por dia,
sete dias por semana. O serviço exclusivo no estado já registrou 523 denúncias
desde que inaugurou. Henrique afirma que “a segurança pública não é onipresente
ou onisciente, nós precisamos e contamos com a ajuda da população. Se o cidadão
souber de algo errado, deve denunciar para nós, que iremos investigar”.
Outra
arma eficiente do sistema de segurança pública para a população é a Delegacia
Online: http://www.delegaciaonline.ac.gov.br/. Por meio dela, o cidadão pode
registrar um boletim de ocorrência online, conferir o cadastro de
desaparecidos, fazer denúncias e verificar a lista de procurados pela Justiça.
No caso dos boletins, eles são validados em até 24 horas pelas equipes.
Redução
do número de assassinatos
O
Acre ficou em segundo lugar na redução do número de homicídios na Região Norte
e em nono no Brasil. Enquanto São Paulo é o Estado com o menor número
proporcional de homicídios no país, com 10,1 para cada 100 mil habitantes, e
Alagoas tem o maior número, com 74,5 para cada 100 mil habitantes, o Acre teve
21,7 homicídios para cada 100 mil habitantes em 2012.
Em
2010 o Acre registrou 25 homicídios para cada 100 mil habitantes. Com a
implantação das políticas públicas e intensificação, 2011 foi um ano atípico e
registrou 18 homicídios para cada 100 mil, queda de 23%. Em 2012, o número foi
de 21, 7, mas esse número foi maior do que a projeção dada pelo governo e o
Ministério da Justiça, por isso foi considerado uma redução.
Para
2013 a projeção é de 21,6 homicídios para cada 100 mil habitantes. Para
2014, são 20,7.